Fundos multiestratégia: a aposta para o novo ciclo
Gestores da RBR, TRX, SPX e Manatí discutem a flexibilidade e o potencial de retorno destes ativos
Em um mercado em constante evolução, os fundos imobiliários multiestratégia surgem como uma alternativa dinâmica e flexível para os investidores. Em uma série especial, gestores de grandes casas como RBR, TRX, SPX e Manatí discutiram o potencial dessa classe de ativos, destacando sua capacidade de adaptação aos diferentes ciclos econômicos do Brasil. Você pode assistir ao vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui.
Bruno Nardo, da RBR, ressaltou que a principal vantagem de um fundo multiestratégia é a capacidade do gestor de se adaptar ao longo do tempo, navegando entre crédito, ativos reais e ações listadas para buscar um risco-retorno equilibrado. “A gestora tem uma grande capacidade de entregar resultado, e o investidor não precisa ficar tão preocupado com o que está acontecendo no mercado, porque ele já está contratando um gestor para fazer isso por ele”, afirmou Nardo. Ele defende que o conceito é ideal para o investidor que deseja delegar a gestão e focar em receber dividendos consistentes com a preservação do patrimônio, como no fundo RBRX11.
Na visão de Raul Lemos, da TRX, o cenário atual é particularmente interessante para novos investimentos, com a perspectiva de queda da taxa Selic e muitos fundos imobiliários descontados. Ele citou o exemplo do TRXY11, que tem explorado essa dinâmica através de investimentos em crédito, FIIs e ações. “Entendemos que o mercado de FIIs está muito propício para gerar retorno extraordinário para os investidores”, comentou Lemos, posicionando os fundos multiestratégia como veículos bem preparados para capitalizar essas oportunidades.
Pedro Daltro, da SPX, complementou a análise, explicando que a flexibilidade regulatória permite ao gestor do SPXX11 alternar entre tijolo, CRIs, FIIs e ações conforme a atratividade de cada um. “Os FIIs que tiverem mais flexibilidade conseguirão surfar cada estratégia ao longo do ano e, com isso, entregar um retorno melhor do que os fundos de estratégia única”, disse Daltro, apontando para o benefício que a queda de juros trará ao setor imobiliário como um todo.
Para Pedro Ferretti, da Manatí, os fundos multiestratégia vêm para simplificar a vida do investidor, tirando dele a responsabilidade de escolher o melhor ativo. A estratégia da casa foca em crédito privado pulverizado, FIIs descontados e desenvolvimento imobiliário, com um diferencial na originação própria das operações. “Ter esse contato direto com o empresário, conseguindo fechar as melhores relações comerciais com ele, tirando intermediários [...] obtemos uma operação com mais taxa e mais garantia”, explicou, citando como exemplo o fundo MANA11.
O consenso entre os especialistas é que os fundos multiestratégia estão bem posicionados para o próximo ciclo econômico de corte de juros, projetado para os anos de 2026 a 2028. Com a capacidade de diversificar e se adaptar, esses fundos oferecem uma combinação de dividendos consistentes, menor volatilidade e proteção de patrimônio, consolidando-se como uma opção estratégica para a carteira do investidor.