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    IBFF11 tem liquidação aprovada por cotistas em assembleia

    Votação havia sido solicitada por cotista com mais de 5% de cotas do Fundo Imobiliário FOF Integral Brei. Cotação dispara na B3. O professor Arthur Vieira de Moraes explica o que cotistas devem fazer

    Por Luciene Miranda
    segunda-feira, 25 de julho de 2022 Atualizado

    A assembleia geral extraordinária (AGE) solicitada por um investidor institucional detentor de mais de 5% de cotas do Fundo Imobiliário FOF Integral Brei (IBFF11) decidiu pela venda de todos os ativos da carteira e a liquidação do fundo.

     

    O nome do investidor não foi revelado. A participação de cotistas na votação foi de 40,68%, o que representa em torno de 1.658 cotistas do total de 4.147.

     

    IBFF11 tem liquidação aprovada por cotistas em assembleia

     

    A convocação de cotistas para a votação por meio da AGE foi feita em 15 de junho após o pedido encaminhado ao fundo pelo investidor em 19 de maio.

     

    A medida é prevista pelo artigo 19 da instrução CVM 472 de 2008 que garante ao cotista detentor de mais de 5% de cotas do fundo a convocação de assembleia geral extraordinária para a votação entre os demais cotistas de temas relevantes ao FII. 

     

    De acordo com o comunicado divulgado na noite de sexta-feira (22), a administradora BTG Pactual vai informar os cotistas do fundo e o mercado sobre os procedimentos e próximos passos para a liquidação do FII.

     

    A gestora Integral Brei adotou posição contrária ao fim do fundo, como revelado em entrevista exclusiva concedida pelo CEO Vitor Bidetti na semana passada ao Clube FII News.

     

    Na entrevista, Bidetti afirmou que advogados foram contratados na tentativa de evitar a liquidação do fundo.

     

    De acordo com o professor de Finanças e sócio do Clube FII News, Arthur Vieira de Moraes, o cotista de IBFF11 deverá ficar atento ao comportamento das cotas do fundo na B3.

     

    “É possível que a cota suba nos próximos dias, pois alguns investidores podem querer comprar em bolsa enquanto está abaixo do patrimonial para capturar a diferença”.

     

    No início da tarde desta segunda-feira (25), a cota do IBFF11 disparava alta de 7% na bolsa brasileira acima de R$ 67,00.

     

    Moraes ainda chama a atenção ao prazo curto para a venda dos ativos do fundo - que é de 15 dias úteis - e à consequente queda nas cotas dos fundos em que o IBFF11 tem maior posição. No caso, os FIIs BLCP11, IBCR11, RCRB11, BRCR11, TEPP11 e BRCO11.

     

    “Para quem é cotista há mais tempo, a notícia não é boa porque vai forçar a realizar um prejuízo. Neste caso, o investidor deve considerar vender as cotas antes da liquidação do fundo para ter certeza de poder compensar o prejuízo com lucros futuros. Isso porque não é claro na regulamentação que o prejuízo é compensável quando da liquidação do fundo”.

     

    Ainda de acordo com Moraes, quem comprou a cota recentemente abaixo do valor patrimonial vai ter lucro, o que é o provável caso dos cotistas que convocaram a assembleia. Eles teriam comprado abaixo do valor patrimonial e decidiram pela venda de todos os ativos para ganhar a diferença.

     

    Se o cotista minoritário estiver na mesma situação, deve ter atenção ao próximo passo.

     

    “Não deixe de informar corretamente o seu valor médio de compra para o administrador quando solicitado. Pode ser que seja necessário enviar as notas de corretagem”, conclui.


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