O Fundo Vinci Logística (VILG11) entrou com uma ação de despejo contra a Tok&Stok por não realizar o pagamento de aluguel, referente ao mês de fevereiro, por imóvel em Extrema (MG).

O imóvel em questão é o “Extrema Business Park I”. Ele está locado exclusivamente à Tok&Stok e o aluguel representa aproximadamente 14% das receitas totais da Vinci Logística e cerca de 11% da área bruta locável detida. O fundo conta, em seu portfólio, com outros 15 galpões.

O contrato de locação possui garantia, por meio de seguro fiança, com cobertura equivalente a 12 aluguéis vigentes. “Isso faz com que a ação de despejo possa se estender por alguns meses”, comenta o professor de Finanças e sócio-diretor de Educação e Comunicação do Clube FII, Arthur Vieira de Moraes.

Ele explica que a série de empresas enfrentando problemas no início do ano tem a ver com o momento delicado da economia. “É uma fase muito difícil, com juros muito altos depois de juros muito baixos. É uma situação inédita no país”, explica. “Muita gente aproveitou a época de juros baixos para obter empréstimos. E daí os juros subiram, pegando mais gente endividada do que em outras ocasiões".

O fato relevante não menciona possíveis impactos nos rendimentos do fundo

Moraes também explica que, caso o imóvel fique vazio, o fundo não deve ter muita dificuldade para encontrar novos inquilinos. "Essa região de Extrema é muito procurada. Mesmo que a locatária não pague o aluguel e tenha de sair, a tendência é que o imóvel seja reocupado em pouco tempo”.

A reportagem entrou em contato com a Vinci, que não se manifestou.