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    Mercado

    Ata do Copom reforça restrição por período prolongado

    No entanto, colegiado reconhece moderação da atividade e inflação

    Por ClubeFII
    terça-feira, 11 de novembro de 2025 Atualizado 4 semanas atrás

    Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou o desconforto com a desancoragem das expectativas inflacionárias, o que exigiria uma maior restrição monetária por tempo prolongado. O documento não sinalizou futuros cortes e trouxe detalhes sobre a discussão que ocorreu na reunião da semana passada, quando o colegiado decidiu manter a Selic em 15% ao ano, conforme esperado pelo mercado. A ata indicou que há maior convicção de que a taxa atual é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta, diante da moderação na atividade econômica.

     

    “As expectativas de inflação, medidas por diferentes instrumentos e obtidas de diferentes grupos de agentes seguiram trajetória de declínio, mas permanecem acima da meta de inflação em todos os horizontes. A queda das expectativas segue mais concentrada nos horizontes mais curtos, mas observou-se movimento agora mais nítido em horizontes além do relevante”, ressaltou o documento.

     

    Cenário doméstico e externo

     

    Assim como no comunicado, a ata apontou que o ambiente externo segue incerto devido à política econômica nos Estados Unidos e tensões geopolíticas, o que exige cautela dos países emergentes. Enquanto isso, no mercado doméstico, a ata destaca a trajetória de moderação no crescimento da atividade econômica, apesar do dinamismo no mercado de trabalho.

     

    Apesar da moderação gradual da atividade, redução na inflação corrente e nas expectativas inflacionárias, o colegiado destacou que vai atuar para levar a inflação à meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no horizonte relevante. Assim, seguirá “vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado”.

     

    Visão de analistas

     

    Futuras elevações na Selic não foram descartadas na ata, mas o documento afasta possibilidades de aumento nos juros, na avaliação de Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez. “A demanda segue sendo o desafio para desacelerar a atividade, pois inflação de serviços ainda vem resiliente por conta do mercado de trabalho, que dá sinais de desaceleração, mas são sinais ainda tímidos”, ressaltou em nota ao mercado.

     

    “Avaliamos a ata como neutra, mas com uma pitada dovish, visto que o BC ainda mantém uma comunicação relativamente rígida, embora tenha esmorecido em pontos mais hawkish”, entende Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa. “Prospectivamente, avaliamos que o BC iniciou um processo de esmorecimento da comunicação, que está altamente dependente do que será exposto na reunião de dezembro para determinar quando se dará o início do afrouxamento e sua velocidade”, completa.

     

    A percepção de Leandro Manzoni, analista de economia e editor-chefe do Investing.com Brasil, é de que a ata do foi mais dovish do que o comunicado, mas manteve a estratégia de proteção de Copom para um eventual adiamento do corte. “O mercado deve realizar uma leitura de corte da taxa Selic provavelmente ocorrendo em janeiro”.

     

    Ata do Copom reforça restrição por período prolongado

     

     


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