Ciclo econômico pode reposicionar FIIs a partir de 2026
Analista do Clube FII aponta impactos de juros, inflação e vacância nos fundos imobiliários
O comportamento dos fundos de investimento imobiliário (FIIs) nos próximos anos estará diretamente ligado ao estágio do ciclo econômico, mas há a possibilidade de recuperação a partir de 2026, segundo análise apresentada por Lana Santos, analista do Research do Clube FII, em vídeo publicado no YouTube.
De acordo com a analista, não há como prever movimentos do mercado sem compreender o contexto macroeconômico. “A resposta não está em nenhuma bola de cristal, e sim no entendimento do ciclo econômico atual”, afirmou. Para ela, fatores herdados de 2025, como inflação, taxa de juros e cenário político, seguem influenciando as decisões dos investidores.
Santos explica que a economia funciona em ciclos, que passam por fases de expansão, pico, recessão e recuperação. “O investidor de longo prazo sabe que o segredo não é reagir às oscilações diárias do mercado, e sim antecipar os grandes movimentos”, disse, ao comparar o processo à mudança das marés.
O ambiente de juros elevados dos últimos anos favoreceu os fundos de papel, enquanto pressionou os fundos de tijolo, segundo a analista. “O preço das cotas dos fundos de tijolo caiu, sendo negociados com um desconto considerável em relação ao seu preço justo”, afirmou, ao mencionar a migração de investidores para a renda fixa durante o período de contração econômica.
Transição para recuperação em 2026
A expectativa apresentada no vídeo é de que 2026 marque uma transição para um cenário de recuperação. “Ao que tudo indica, em 2026 estamos entrando, ou pelo menos nos aproximando, da fase de recuperação e o início de uma nova expansão econômica”, disse Santos, citando a desaceleração da inflação e a possibilidade de cortes na taxa Selic.
Nesse contexto, a analista avalia que os FIIs de tijolo tendem a ser mais beneficiados, especialmente em segmentos como logística, shoppings e escritórios bem localizados. “O que estava barato e descontado por causa dos juros mais altos pode começar a ter suas cotas valorizadas”, explicou.
Por outro lado, Lana alerta para ajustes nos fundos de papel, que podem ter redução nos dividendos com a queda dos índices de correção. “O dividend yield sempre se ajusta em cenários de cada ciclo econômico”, afirmou, reforçando a importância do equilíbrio entre diferentes tipos de FIIs na carteira.
A analista também destacou que os investimentos imobiliários devem ser avaliados sob uma perspectiva de longo prazo. “Historicamente, os ciclos imobiliários têm uma maturação de cerca de 10 anos, e os FIIs são investimentos de longo prazo”, disse.
Para entender em detalhes como o ciclo econômico pode impactar sua carteira de FIIs e por que 2026 pode ser um ano-chave, assista ao vídeo completo com a análise de Lana Santos no canal do Clube FII no YouTube.