O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48% no mês de setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta (09), após recuar 0,11% de agosto. Com esta leitura, o indicador oficial de inflação no país acumula alta de 3,64% em 2025 e de 5,17% em 12 meses.

Segundo o instituto, três dos nove grupos de produtos e serviços avaliados tiveram taxas negativas, incluindo Artigos de residência (-0,40%), Alimentação e bebidas (-0,26%) e Comunicação (-0,17%).

Por outro lado, Habitação (2,97%) teve a maior variação, com taxas positivas também dos grupos Vestuário (0,63%), Despesas pessoais (0,51%), Saúde e cuidados pessoais (0,17%), Educação (0,07%) e Transportes (0,01%).

A energia elétrica residencial puxou o grupo Habitação, subindo 10,31% em setembro, sendo o principal impacto individual no índice, após o fim da incorporação do Bônus de Itaipu que foi creditado nas faturas em agosto. Além disso, reajustes tarifários e a bandeira tarifária vermelha patamar 2 também influenciaram na alta deste item.

A leitura preliminar é favorável em relação à política monetária, segundo o economista André Perfeito. “Importantes medidas de núcleos tiveram desaceleração indicando que as pressões do mercado de trabalho estão menos intensas no índice”, destaca.

As implicações para a política monetária não seriam “totalmente mecânicas”, na visão de Étore Sanchez, economista da Ativa. “É inegável que o resultado de hoje favorece as visões que apontam para um início precoce do próximo ciclo, ainda que não comunguemos dessa previsão”.