O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,09% no mês de outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11). A leitura veio abaixo da taxa de 0,48% registrada em setembro. Dessa forma, o indicador oficial de inflação acumula variação positiva de 3,73% no ano e de 4,68% nos últimos 12 meses.

Segundo o instituto, os grupos Artigos de residência (-0,34%), Habitação (-0,30%) e Comunicação (-0,16%) apresentaram deflação. Com a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, a variação negativa de 2,39% registrada no subitem energia elétrica residencial puxou para baixo o grupo Habitação.   

Os grupos Alimentação e bebidas (0,01%) e Educação (0,06%) ficaram praticamente estáveis. A maior variação ocorreu no grupo Vestuário (0,51%), diante de altas nos calçados e acessórios (0,89%) e na roupa feminina (0,56%). Também apresentaram elevação Despesas Pessoais (0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41%) e Transportes (0,11%). No mês de outubro, a saúde e cuidados pessoais representou o maior impacto no índice, diante de elevações em artigos de higiene pessoal (0,57%) e o plano de saúde (0,50%).

O indicador do mês de outubro surpreendeu para baixo e deve alterar as projeções da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic), na visão de André Perfeito, da Garantia Capital, que projetava 0,15% para o índice. “A primeira leitura reforça a perspectiva de que esse resultado deve alterar as projeções de Selic para o ano que vem no relatório Focus. Em alguma medida acabaram as desculpas para se manter a taxa tão contracionista”, avalia o especialista.