O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,18% em novembro, após elevação de 0,09% em outubro, informou o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). Com esta leitura, o indicador de inflação oficial do país acumula alta de 3,92% no ano e de 4,46% em 12 meses – abaixo do limite de tolerância de 4,5% estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional.

“É a primeira vez que o IPCA no acumulado em 12 meses fica dentro da margem de tolerância da meta de inflação desde setembro de 2024. O centro da meta de inflação é 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo”, explica Leandro Manzoni, analista de economia e editor-chefe do Investing.com Brasil.

Em novembro, cinco dos nove grupos tiveram variação positiva, com destaque para impactos de Despesas pessoais (0,77%), com elevação no subitem Hospedagem (4,09%),  e Habitação (0,52%), puxado novamente pela bandeira tarifária vermelha patamar 1 na energia elétrica residencial (1,27%). Além disso, apresentaram alta os grupos de Vestuário (0,49%), Transportes (0,22%) e Educação (0,01%).

Por outro lado, registraram variações negativas os grupos Artigos de residência (-1,00%), Comunicação (-0,20%), Saúde e cuidados pessoais (-0,04%) e Alimentação e bebidas (-0,01%), sendo que a alimentação no domicílio (-0,20%) registrou queda pelo sexto mês seguido.

Economistas consultados pelo Banco Central no Boletim Focus projetam que a inflação termine o ano de 2025 em 4,40%, conforme último relatório divulgado na segunda (08). Para 2026, a estimativa é de 4,16%.