No mês de outubro de 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou um aumento de 0,24%, 0,02 ponto percentual abaixo da taxa registrada no mês anterior, que foi de 0,26%. Ao longo do ano, o IPCA acumulou uma alta de 3,75%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice atingiu 4,82%, abaixo dos 5,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, o índice havia registrado uma variação de 0,59%.

 

A análise por grupos revela que o aumento nos preços foi predominante em oito dos nove setores pesquisados. Transportes (0,35%) e Alimentação e Bebidas (0,31%) destacaram-se, contribuindo cada um com 0,07 pontos percentuais para o índice geral. O grupo Comunicação foi o único a apresentar queda, registrando -0,19%. Os demais grupos variaram entre 0,02% em Habitação e 0,46% em Artigos de Residência.

 

No grupo Alimentação e Bebidas (0,31%), a alimentação no domicílio registrou aumento de 0,27%, interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas. Destacaram-se as elevações nos preços da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e carnes (0,53%). Por outro lado, o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%) apresentaram quedas significativas.

 

A alimentação fora do domicílio (0,42%) acelerou em comparação ao mês anterior (0,12%), com aumentos mais expressivos nas refeições (0,48%) e lanches (0,19%).

 

No grupo Transportes (0,35%), o destaque foi o aumento nos preços das passagens aéreas (23,70%). Em relação aos combustíveis, somente o óleo diesel (0,33%) apresentou alta, enquanto a gasolina (-1,53%), gás veicular (-1,23%) e etanol (-0,96%) registraram quedas nos preços. O aumento nas tarifas de táxi (1,42%) foi influenciado pelos reajustes em Porto Alegre e São Paulo.

 

No grupo Habitação (0,02%), a alta na taxa de água e esgoto (0,37%) foi impulsionada pelos reajustes em Salvador e Fortaleza. Em contrapartida, a energia elétrica residencial (-0,58%) apresentou queda de preços, apesar dos reajustes em algumas regiões do país.

 

O cálculo do IPCA considerou os preços coletados de 29 de setembro e 30 de outubro de 2023 como referência, comparados aos preços vigentes entre 30 de agosto e 28 de setembro de 2023 como base. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e abrange diversas regiões metropolitanas do país, além de municípios específicos.