O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação, registrou elevação de 0,18% em outubro, após alta de 0,48% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24). Com a leitura, o indicador acumula alta de 3,94% no ano e de 4,94% em 12 meses.

Segundo instituto, 6 de 9 grupos de produtos e serviços apresentaram variação positiva neste mês, sendo o maior impacto de Transportes (0,41%), diante de altas nos combustíveis (1,16%) e passagens aéreas (4,39%), seguido do grupo Despesas pessoais (0,42%).  Também tiveram elevação os grupos Vestuário (0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,24%), Habitação (0,16%) e Educação (0,09%). Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas (-0,02%), que possui maior peso no índice, registrou variação negativa, assim como Artigos de Residência (-0,64%) e Comunicação (-0,09%).

“O resultado anual ainda está acima da margem superior de tolerância da meta de inflação (4,5%), mas está claramente em processo de desinflação”, destaca Leandro Manzoni, analista de economia do Investing.com. “Ter vindo melhor do que as projeções foi uma ótima notícia, mas ainda não é suficiente para que o Banco Central possa iniciar um discurso moderado em direção à sinalização da queda da taxa Selic”, completa.

O economista André Perfeito concorda e ressalta que o Banco Central tende a cortar juros somente em 2026. “O resultado é muito bom do indicador, mas não devemos nos emocionar com os números. É sabido que a Autoridade Monetária está de olho em 2027 e sendo assim o mercado tem que ele mesmo revisar as projeções para termos assim um alívio nas condições monetárias atuais”.