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    Resumo da semana - A hora do adeus

    Os últimos dias serão lembrados pela manobra para evitar o ‘liquida FII’ via assembleia de cotistas, tropa de choque jurídica contra arrendatário devedor, além do fim de relação entre gestora e fundo

    Por Luciene Miranda
    sábado, 6 de agosto de 2022 Atualizado

    O momento do adeus é sempre difícil. E no mercado FII não é diferente.

     

    No último fato relevante da semana, detalhes da despedida do Fundo Imobiliário FOF Integral Brei (IBFF11) como o prazo final para a venda dos ativos que é 12 de agosto, e a data limite para a negociação das cotas em bolsa de valores, no dia 15 do mesmo mês. A venda de ativos e a liquidação do fundo foram decididas em assembleia geral extraordinária de cotistas a pedido de um cotista com mais de 5% de participação.

     

    Resumo da semana - A hora do adeus

     

    E a temporada de AGEs exterminadoras de FIIs continua.

     

    Os responsáveis pelo Fundo Imobiliário Bluecap Renda Logística (BLCP11) recorreram à justiça para suspender as decisões de assembleia que miravam a incorporação pelo fundo BTG Pactual Logística (BTLG11). O argumento de falta de transparência em relação à identidade do cotista solicitante de AGE pesou na 1ª Vara Empresarial e Conflito de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo em favor do BLCP11.

     

    Em entrevista exclusiva ao Arthur Vieira de Moraes para o programa Fatos Relevantes, Marcos Machado, diretor de Gestão da Bluecap, relatou que a informação chegou com atencedência insuficiente para a votação.  

     

    “No final, o BTG Pactual administrador, acabou ‘soltando’ que são 16 fundos da Capitânia, mas eles fizeram isso às 10h da noite do dia anterior à assembleia. A CVM é muito clara de que isso deve ser feito no momento em que a assembleia é chamada”.

     

    Em falar na instituição, a crise envolvendo o Fundo Imobiliário BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) teve mais uma batalha vencida. 

     

    O FII conseguiu revogar na justiça o documento que permitia aos arrendatários devedores tomarem de volta as terras da Fazenda Vianmancel, em Nova Maringá, no Mato Grosso.

     

    As terras – compradas pelo fundo dos produtores rurais em agosto de 2021 e, em seguida, arrendadas a eles - foram alvo de um pedido de recuperação judicial sob a alegação de créditos em inadimplência. O ‘inquilino’ do BTRA11, Milton Cella, tem uma dívida de R$ 73 milhões.

     

    E para dar desfecho às despedidas, temos talvez a mais emblemática: a TRX deixando o Fundo Imobiliário TRX Edifícios Corporativos (XTED11). 

     

    Pobre TED. A gestora está tão desesperada para deixar a relação que não quer conversa. Não faz questão sequer do dinheiro devido a ela pelos serviços prestados: R$ 637.873,52. Quer, simplesmente, sair sem DR e, se possível, apagar as referências desta história até do nome do fundo.

     

    A TRX pediu à administradora BTG Pactual, inclusive, a dispensa do aviso prévio de 90 dias.

     

    No comunicado em que anunciou a renúncia, a TRX revolve algumas lembranças de um passado de gestão ativa que passou pela cidades de São Paulo (SP) e Macaé (RJ).

     

    Tanta dedicação que acabou virando indiferença.

     

    Se me permitem, vou até parafrasear Chico:

     

    Eu bato o portão sem fazer alarde
    Eu levo a carteira de identidade
    Uma saideira, muita saudade
    E a leve impressão de que já vou tarde

     

     

    As informações contidas neste artigo são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente as ideias, opiniões, pensamentos ou qualquer forma de posicionamento do Clube FII.


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