Resumo da semana – Inflação cai e tijolo reage
Após dois índices terem recuado, o mercado de Fundos Imobiliários faz novas projeções, enquanto notícias de FIIs de tijolo mostram um segmento bem vivo, inclusive para operar no serviço funerário
A semana trouxe boas novas!
IPCA-15 e IGP-M com recuo em julho. A notícia positiva para a economia – e ao nosso bolso! – pode dar fôlego extra para os Fundos Imobiliários de tijolo, diretamente relacionados com o cenário do momento.
Os fundos de papel – com carteiras em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) – talvez fiquem um pouco menos atraentes. Eu disse: “Talvez”.
No nosso país, a única certeza que temos é uma vida inteira de incertezas. Não é fácil ser brasileiro. Não é para qualquer um.
Eu acredito que, quem nasce por aqui – a não ser que seja pessoa muito ruim – já ganha passaporte para o céu sem escalas. Basta comprovar nacionalidade brasileira na porta do paraíso.
Falando no além, o Fundo Imobiliário Brazilian Graveyard and Death Care Services (CARE11) deve operar, pelo menos, cinco cemitérios na cidade de São Paulo após uma das empresas em carteira, associada a um consórcio, ter vencido uma licitação.
No total, o consórcio com a Cortel Holding ofereceu R$ 337,5 milhões por dois lotes. No entanto, as regras do processo devem permitir a concessão de apenas um lote com os cemitérios do Araçá, Dom Bosco, Santo Amaro, São Paulo e Vila Nova Cachoeirinha. Para operá-los, devem ser desembolsados R$ 200 milhões.
Falando em luto, a maioria dos cotistas do Fundo Imobiliário FOF Integral Brei (IBFF11) decidiu por fim à vida do FII. A votação em assembleia geral extraordinária (AGE) teve 40,68% de participação de um total de 4.147 cotistas.
A liquidação do fundo foi levada à AGE por um cotista representativo, detentor de mais de 5% das cotas. Os gestores se posicionaram contra. A venda de todos os ativos do FII deve ocorrer em prazo recorde nos próximos dias.
Outra polêmica na indústria FII envolve o Fundo Imobiliário BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) com terras ‘estressadas’ no MT em seu portfólio. Esta semana, o FII conseguiu liminares favoráveis na justiça que suspendem efeitos de decisões de primeira instância sobre a ineficácia da operação de aquisição.
O atual locatário e antigo proprietário das terras, Milton Cella, incluiu tudo em um pedido de recuperação judicial. Ele tem uma dívida de R$ 73 milhões.
Do campo para a cidade, o Fundo Imobiliário Rio Bravo Renda Residencial (RBRS11) anunciou a entrega de 81 apartamentos do Edifício Urbic Sabiá, em Moema, na cidade de São Paulo.
A operação foi possível por meio de um programa de renda mínima garantida, em que os cotistas recebem antes e depois do empreendimento concluído. Duas empresas farão a gestão das locações para mitigar riscos de concentração.
Do desenvolvimento ao varejo, a velocidade da estratégia de desinvestimento do Fundo Imobiliário CSHG Renda Urbana (HGRU11) impressiona. O FII vendeu duas lojas alugadas para a Casas Pernambucanas em menos de uma semana!
Após concluir a venda do imóvel de Garça, anunciou ter passado pra frente também o ativo em São José dos Campos. Os dois imóveis estão no interior de São Paulo.
Do varejo à logística, o Fundo Imobiliário CSHG Logística (HGLG11) comprou dois imóveis na cidade de Betim, em Minas Gerais, de empresas controladas pela Log Commercial Properties por R$ 453,4 milhões. O pagamento pode ser à vista ou por meio de dívida. A decisão caberá aos cotistas.
E de volta aos papeis, o Fundo Imobiliário Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) anunciou a 12ª emissão de novas cotas para a captação de R$ 298,3 milhões em oferta restrita. O valor da nova cota será de R$ 96,61 com base na cota patrimonial do fundo em 31 de maio. A taxa de distribuição não é modesta. Será de R$ 2,81 por cota.
Ainda não foi dessa vez que os cotistas do HTMX11 voltaram a receber rendimentos. O fundo anunciou novamente que não fará distribuição.
E para quem estava dando como certa a liquidação do HGPO11, a gestora anunciou no fim do dia que o processo de venda dos ativos foi encerrado sem nenhuma proposta aprovada. O valor mínimo de R$ 39.000,00 por metro quadrado só foi ofecerido por um participante que queria pagar parte do valor em cotas de FII. Aí não, né? Os cotistas preferiam, literalmente, a parte deles em dinheiro.
Com esta, a gente encerra o artigo sobre uma semana intensa que ainda reservou ao final a emoção extra aos cotistas de conhecerem o quanto vão receber de dividendos dos FIIs no mês que vem. Acompanhe por aqui no Clube FII News.
Basta acessar o menu Fundos Imobiliários > Rendimentos & Amortizações na plataforma.
Um ótimo final de semana para todos e até semana que vem!
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