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    Shopping Centers

    Vendas de maio em shoppings têm alta de 24%

    Resultado supera período pré-pandemia. Conheça o impacto nos rendimentos dos Fundos Imobiliários do setor no 1º semestre

    Por Luciene Miranda
    sexta-feira, 15 de julho de 2022 Atualizado

    As vendas nos shopping centers do país tiveram crescimento médio de 24% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS) divulgado pela associação brasileira do segmento, a Abrasce.

     

    De acordo com o levantamento, é o 14º crescimento mensal consecutivo.

     

    Vendas de maio em shoppings têm alta de 24%

     

    Na comparação com o mesmo mês de 2019, a alta é 27,6% superior.

     

    Ainda de acordo com a Abrasce, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o crescimento é de 39,7% na comparação com o intervalo de janeiro a maio do ano passado.
     

    As regiões com os maiores aumentos nas vendas em maio foram o Sudeste, com 26,6%, e o Nordeste, com 25,6%.

     

    No Centro-Oeste, a alta foi de 23,3%, no Sul de 17,2% e, no Norte, de 11,7%.
     

    O ticket médio de vendas nas lojas dos shoppings em maio, ou seja, o valor médio de vendas por cliente no mês, ficou em R$ 125,45. O valor é 17,9% inferior ao do mesmo mês de 2021, mas 35% superior aos R$ 92,92 registrados em maio de 2019.


    E relação ao fluxo de frequentadores, houve alta de 39,9% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados das consultorias Mais Fluxo e IPEC citados pela Abrasce.

     

    Glauco Humai, presidente da entidade, diz que os números indicam a perspectiva de bons resultados ao logo do segundo semestre.

     

    “Os dados corroboram com nossas teses de que o aumento nas vendas nos shoppings será gradual e contínuo em 2022”.

     

    Para o analista do Clube FII, Danilo Barbosa, o resultado de maio aponta uma aceleração em ritmo menor depois de abril ter apontado alta nas vendas de 81,5%.

     

    “Em maio, a taxa é comparada com um período de base maior em 2021, quando os empreendimentos voltaram a operar após a 2º onda de COVID-19. Mesmo assim, é um ótimo sinalizador, pois mostra que as pessoas estão retomando o hábito de frequentar e comprar nos shoppings centers”.

     

    Barbosa ressalta que os shoppings centers ultrapassam o conceito simplista de centros de compras porque oferecem praticidade, comodidade, lazer e entretenimento, além de diversidade no segmento de alimentação.

     

    O analista lembra ainda que esta recuperação nas vendas também revela um consumo represado de dois anos, em que a necessidade de compras fora do domicilio não era como agora com a reabertura plena. Os exemplos sãos as compras de roupas de inverno e de trabalho.

     

    “Além disso, é natural que os shoppings mais bem localizados em centros comerciais adensados ou com padrão de renda de público alvo maior se recuperem mais rapidamente na comparação com outros de características inversas”.

     

     

    O impacto nos FIIs de Shopping Centers

     

    A área de análise do Clube FII News levantou o desempenho dos principais FIIs de shoppings centers do IFIX, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários da B3.

     

    Foram levados em conta os critérios de maior liquidez, quantidade de cotistas e de gestão ativa, ou seja, quando o gestor tem liberdade de selecionar ativos para a carteira de modo a obter rentabilidade superior ao índice de referência (benchmark).

     

          1S2022 30/06/2022  
    Código Nome  Gestora % Ano Dividend Yield %  Dividendo por Cota (R$) 
    HGBS11 Hedge Brasil Shopping  Hedge   -6,07% 5,81% R$ 11,70
    HSML11 HSI Malls  HSI -0,12% 7,21% R$ 6,45
    MALL11 Malls Brasil Plural  Genial   9,82% 7,99% R$ 7,62
    VISC11 Vinci Shopping Centers  Vinci  1,79% 7,04% R$ 7,53
    XPML11 XP Malls  XP Vista -0,56% 7,19% R$ 7,42

     

    O maior rendimento verificado foi do Fundo Imobiliário Malls Brasil Plural (MALL11) com alta de 9,82% no primeiro semestre do ano.

     

    Em seguida, o FII Vinci Shopping Centers (VISC11) registrou aumento de 1,79% nos rendimentos do período de janeiro a junho de 2022.

     

    Houve resultados negativos para os Fundos Imobiliários Hedge Brasil Shopping (HGBS11), com recuo de 6,07%, XP Malls (XPML11) que registrou queda de 0,56% e o HSI Malls (HSML11) que teve baixa de 0,12% no rendimento do primeiro semestre do ano.

     

    No entanto, os melhores pagadores de dividendos no semestre foram o HGBS11 com R$ 11,70, o MALL11 que distribuiu R$ 7,62 e o VISC11 com pagamento de R$ 7,53.

     

    De acordo com Danilo Barbosa, analista do Clube FII, os Fundos Imobiliários de shoppings ainda se recuperam em termos de retorno no mercado secundário à medida em que os resultados NOI – sigla em inglês para lucro operacional líquido - dos FIIs do setor buscam patamares de 2019.

     

    “No entanto, o dividend yield já é, em média, maior do que no ano de pré pandemia devido à queda recente das cotações dos fundos em bolsa, influenciada pelo cenário macroeconômico de inflação e juros com investidores avessos a riscos”, conclui.


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