A Quasar Agro, gestora do Fundo Imobiliário Quasar Agro (QAGR11), detalhou investimentos em ativos da carteira no relatório gerencial de junho, divulgado nesta quinta-feira (14), com destaque para obras na unidade de Uberlândia (MG) da BRF de propriedade do fundo.

 

De acordo com o comunicado, o investimento de R$ 863 mil teve o objetivo de aumentar a segurança no armazenamento da unidade, além de melhorar a eficiência no controle e operação do transporte de grãos dentro da planta.

 

 

Os recursos para as obras vêm, principalmente, de parte dos resultados financeiros acumulados e não distribuídos aos cotistas nos últimos meses para provisionamento, segundo a Quasar.

 

Ainda de acordo com a gestora, o uso deste capital será feito de modo a não causar impacto no patamar de dividendos distribuído pelo fundo.

 

“Entendemos que os investimentos são estratégicos e deverão agregar valor ao patrimônio do fundo na reavaliação do ativo”, afirmou no relatório.

 

As duas últimas distribuições do fundo, referentes a abril e maio, foram de R$ 0,40 por cota, com dividend yields de 0,84% e 0,86% respectivamente.

 

Antes, o fundo havia pago dividendos mensais de R$ 0,39 desde dezembro de 2021.

 

A Quasar Agro ainda informou no relatório que os imóveis do fundo tiveram uma redução de 6,3% no valor patrimonial este ano. A queda foi atribuída pela gestora à  degradação do cenário macroeconômico que elevou a taxa de desconto aplicada na metodologia da consultoria que realiza os laudos.

 

O QAGR11 também teve dois reajustes de contratos de locação em 2022. Em março, houve alterações nos contratos com a Belagrícola para acréscimo de R$ 0,02 na receita de locação por cota. Em maio, a revisão foi nos contratos da região Sul com a BRF, quando houve incremento de R$ 0,01 por cota.

 

O próximo reajuste de aluguel deverá ocorrer em julho com os ativos locados para a BRF em Minas Gerais e Goiás.

 

O QAGR11 foi lançado em novembro de 2019 com o objetivo de aquisição de imóveis de armazenagem para a cadeia do agronegócio. Para compor o portfólio, o fundo adquire ou constroi ativos imobiliários em quatro segmentos diferentes: grãos e fibras, açúcar e álcool, indústrias e operadores logísticos.

 

Atualmente, o fundo tem 25.580 cotistas.

 

O valor de mercado do FII – relativo às cotas negociadas na B3 –  está em R$ 230,6 milhões e o valor patrimonial – referente aos imóveis em carteira - é de R$ 300,9 milhões.

 

Cerca de 97% do patrimônio líquido do fundo está alocado em ativos alvo e o restante em ativos de liquidez (fundos soberanos e FIIs), que equivalem ao caixa estrutural.