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    ETF de REITs (CASA11) surge como alternativa a FIIs

    Renato Nobile, da Buena Vista, explica como o ETF CASA11 investe em REITs e gera dividendos mensais em dólar

    Por ClubeFII
    segunda-feira, 25 de agosto de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    O mercado financeiro brasileiro ganhou uma nova opção para investidores que buscam exposição ao setor imobiliário americano com renda passiva em dólar: o ETF CASA11. Em entrevista ao Clube FII, Renato Nobile, sócio-fundador e portfolio manager da Buena Vista Capital, detalhou a estrutura e a estratégia do recém-lançado produto, que investe em Real Estate Investment Trusts (REITs) e utiliza derivativos para distribuir dividendos mensais. Você pode assistir o vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui.

     

    Nobile explicou que a Buena Vista Capital, gestora focada em ETFs, busca replicar no Brasil estratégias de sucesso do mercado americano, onde os ETFs já superam os fundos tradicionais. A gestora lançou anteriormente outros ETFs com pagamento de dividendos, como o SPAI11 (atrelado ao S&P 500), o QQQI11 (Nasdaq) e o COIN11 (Bitcoin), todos utilizando a mesma mecânica para gerar renda.

     

    ETF de REITs (CASA11) surge como alternativa a FIIs
    Renato Nobile, da Buena Vista Capital

     

    A estratégia central desses produtos é a geração de "dividendos sintéticos" através da venda coberta de opções (covered call). Segundo Nobile, a gestora compra os ativos subjacentes — no caso do CASA11, uma cesta que replica o ETF IYR da BlackRock, com mais de 500 mil ativos imobiliários — e vende opções de compra sobre esses ativos. "Ao fazer essa estratégia, você protege um pouco o portfólio. Se o ativo subir muito, você sobe um pouco menos, mas se ele ficar de lado ou cair, a gente fica até acima", explicou. Essa operação gera um prêmio, que é distribuído como dividendo, com uma meta de aproximadamente 1% ao mês em dólar para o CASA11.

     

    A diversificação é um dos pontos fortes do CASA11. O ETF oferece exposição a um mercado 73 vezes maior que o de fundos imobiliários brasileiro, incluindo setores em crescimento como data centers e torres de telecomunicação, que muitas vezes não pagam dividendos por estarem em fase de reinvestimento. "Você tem uma cesta comprada de altíssima qualidade", afirmou Nobile.

     

    Em relação à tributação, o gestor destacou algumas diferenças importantes. O dividendo do ETF é tributado na fonte em 15%, pois é considerado ganho de capital. Em contrapartida, o ganho de capital na venda da cota também é de 15%, inferior aos 20% aplicados sobre FIIs. Outra vantagem é que o dividendo pago é proporcional ao valor da cota. "Se a cota cresce, o seu dividendo proporcional cresce", disse Nobile, citando o conceito de "Yield on Cost".

     

    O CASA11 surge, portanto, como um instrumento complementar na carteira do investidor brasileiro, oferecendo uma forma de diversificar geograficamente, obter exposição cambial ao dólar e gerar uma fonte de renda passiva com um perfil de risco e retorno distinto dos FIIs tradicionais.

     

    Para entender na prática como essa diversificação se comporta, o Clube FII oferece uma ferramenta onde você pode comparar o desempenho do CASA11 com outros investimentos, acesse o menu Comparativo de Ativos no Clube FII.


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