Fundos de investimento e WeWork tentam entrar em acordo
Empresa de coworking está inadimplente desde junho e estava com ação de despejo

A inadimplência da WeWork Serviços de Escritório tem gerado muitos capítulos de uma novela que envolve os fundos imobiliários Fator Verità Multiestratégia, (VRTM11), Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) e a HBR Realty (HBRE3).

Mas a Rio Bravo, nesta terça-feira (24), comunicou aos seus cotistas e ao mercado que a WeWork, o fundo, e os demais coproprietários do empreendimento Girassol 555, localizado na Rua Girassol, nº 555, em São Paulo, requereram, na segunda-feira (23), a suspensão dos processos judiciais da ação de despejo e ação de execução pelo prazo de sete dias.
Neste período as partes deverão conversar e tentar chegar a um acordo.
Histórico
O fundo de Investimento imobiliário Fator Verità Multiestratégia, (VRTM11), administrado pelo Banco Fator, obteve liminar de ação de despejo no dia 17 deste mês, contra a WeWork, que precisaria desocupar o imóvel até o dia 24 ou pagar os valores dos alugueis em atraso. A Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) obteve liminar de ação de despejo, também no dia 17, contra a empresa.
A Rio Bravo, em conjunto com os demais coproprietários do empreendimento Girassol 555, obteve, em 9 de setembro, liminar nos autos de ação de despejo ajuizada contra a WeWork, em razão do inadimplemento dos aluguéis com vencimento em 15 de junho, 15 de julho e 15 de agosto de 2024.
No início deste mês (4) a autora da ação foi a Vinci Offices (VINO11). As anteriores partiram da própria Rio Bravo e também da HBR Realty. Todos querem de volta os edifícios alugados para a WeWork.
Lembrando que a WeWork, em novembro de 2023, entrou com um pedido de proteção de falência nos Estados Unidos. À época, a empresa esclareceu que a operação no Brasil não seria afetada.