O Fundo Imobiliário CSHG Logística (HGLG11) comprou dois imóveis na cidade de Betim, em Minas Gerais, de empresas controladas pela Log Commercial Properties por R$ 453,4 milhões.

 

O pagamento poderá ser à vista com recursos do fundo ou parte alavancada - por meio de dívida - se os cotistas aprovarem em assembleia ainda a ser convocada.

 

 

Um dos ativos é o Log Betim II, galpão em construção na modalidade Built To Suilt - construção sob medida - e já está alocado para uma empresa de grande porte que não teve o nome informado no comunicado sobre a operação.

 

A previsão é que as obras sejam concluídas no terceiro trimestre de 2022. Será um ativo monousuário - imóvel usado por apenas um ocupante - com área bruta locável (ABL) de 95.730 metros quadrados.

 

O fundo comprará a totalidade do galpão por R$ 244,3 milhões, o que equivale a R$ 2.552,26 por metro quadrado. O valor será corrigido pelo INCC a partir de julho até 15 de outubro ou a data de conclusão das obras, o que ocorrer primeiro. O pagamento deve ocorrer em três tranches, sendo a primeira no momento da assinatura da escritura e a última em até 18 meses.

 

Além da correção inflacionária, o acordo prevê o pagamento de um ajuste de preço que, conforme cálculos da gestora, deve acrescentar mais R$ 5,1 milhões ao valor a ser pago.

 

No caso deste imóvel, há a possibilidade do uso de alavancagem, segundo o comunicado. Se os cotistas do HGLG11 aprovem a operação em assembleia, o vendedor poderá ceder parte do contrato de locação para a estruturação de um Certificado de Recebível Imobiliário (CRI) antes da conclusão da venda. Assim, o fundo compraria o imóvel e assumiria a obrigação de pagamento pelo CRI. Se houver rejeição à alavancagem, o pagamento será feito totalmente em dinheiro.

 

O segundo ativo adquirido pelo HGLG11 é o Parque Torino, um condomínio logístico multiusuário - diversos ocupantes - do qual o fundo vai adquirir 47,88%. O condomínio conta com oito galpões que somam ABL de 137.929 metros quadrados locados para empresas de grande e médio porte.  A Log venderá 40% e os outros 7,88% serão vendidos por outros sócios que exerceram direito de venda conjunta (tag along).

 

O fundo deverá pagar R$ 209,1 milhões pela participação no empreendimento, o que equivale a R$ 3.166,37 por metro quadrado. O pagamento também deverá ocorrer em três tranches.

 

A Log Commercial Properties também divulgou fato relevante ao mercado, informando que as vendas geraram lucro para a companhia, com margem bruta média de 32,6% sobre o montante investido e preço da venda 3,3% acima do Net Asset Value (NAV) - valor patrimonial líquido. 

 

A conclusão da operação ainda depende de condições precedentes e nenhum valor foi desembolsado pelo fundo até o momento.