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    Barzel dribla ano difícil e mira oportunidades em 2026

    Sarfati afirma que apenas ativos especiais competiram com o CDI e projeta uma queda de juros mais lenta

    Por ClubeFII
    segunda-feira, 22 de dezembro de 2025 Atualizado 3 dias atrás


    De maneira geral, 2025 foi um ano desafiador - pelo menos, esse foi o entendimento de Nessim Sarfati, fundador da Barzel. A empresa de Sarfati atua no segmento imobiliário, na gestão de recursos e investimentos. Tendo isso em mente, o executivo destaca diversos pontos que marcaram o ano. "Foi um ano desafiador. Com o juro alto, foi muito difícil identificar e encontrar imóveis, oportunidades no real estate que compitam com o CDI. Os juros estão muito altos; então, se o negócio der uma rentabilidade baixa, por que o investidor vai aderir?", explica.


    A busca por um negócio que seja "especial" dificultou o ano da empresa. Em 2025, a Selic atingiu o maior patamar de sua história, 15% ao ano. Esse aumento, definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ajuda a controlar a inflação e realinhar as expectativas inflacionárias. Juros altos encarecem crédito e financiamento. Isso significa que empréstimos, financiamentos imobiliários, crédito ao consumo e capital de giro para empresas ficam mais caros.


    "Mesmo assim, encontramos oportunidades em logística e escritórios. Conseguimos fazer alguns negócios muito em razão do mercado estar aquecido. A ocupação dos escritórios está avançando e a logística continua indo bem, o que traz confiança ao investidor", comenta. Apesar dos desafios econômicos de 2025, dados da SiiLA mostram movimentos positivos tanto no setor de escritórios quanto no de logística. A absorção líquida, nos nove primeiros meses deste ano, em escritórios A+, A e B de São Paulo, foi de 259 mil m², enquanto em condomínios logísticos, também em São Paulo, alcançou 754 mil m².


    Os desafios de 2026


    Sarfati explica que 2026 também será desafiador. O executivo entende que as previsões são de queda, mas prefere manter os pés no chão. "Não sou economista, vou esperar a Selic e o que tiver de acontecer acontecerá. Vários especialistas dizem que a Selic, ao final do ano que vem, vai estar a 11%. Porém, vemos que o governo não tem intenção de parar com os gastos, principalmente em ano eleitoral; então, não sei se o ambiente estará favorável para a Selic cair dessa forma", questiona.


    O fundador da Barzel afirma que, caso a Selic baixe, 2026 trará muitas oportunidades - mas é necessário ter cautela. "Sigo uma linha em que até pode cair a Selic, mas será com mais calma do que o mercado está imaginando. Enquanto o que se gasta e o que se arrecada estiver desbalanceado, não dá para baixar a Selic", explica.


    De maneira sucinta, Sarfati projeta que "o primeiro semestre será parecido com o final de 2025; no começo, não haverá mudanças drásticas. No segundo semestre, haverá as eleições, então não sei o que acontecerá - mas devem surgir oportunidades. Se os juros caírem, aparecerão investidores interessados. Mas eu não posso fazer um planejamento contando com isso; preciso planejar da maneira mais austera possível. Se melhorar, fico feliz, mas preciso me organizar de uma forma mais segura", finaliza.


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