Mercado de escritórios de alto padrão de São Paulo segue em tendência de recuperação, indica SiiLA
Locações de lajes corporativas superam devoluções pelo sexto trimestre consecutivo nas regiões prime
A resiliência dos prédios corporativos de alto padrão foi colocada à prova durante a crise da Covid-19 e as consideradas regiões CBDs (Central Business Districts), ou seja, as regiões que concentram o maior número de escritórios do mercado da capital paulista, passaram a dar sinais consistentes de que os efeitos da pandemia ficaram para trás.
A taxa de vacância do primeiro trimestre de 2023 ficou em 21,3%, representando uma redução de 2 pontos percentuais em relação ao mesmo período ao ano anterior, quando a taxa estava em 23,4%, segundo dados da plataforma Market Analytics da SiiLA.
No período, a cidade não registrou entrada de novo estoque e a absorção líquida, que consiste na diferença do volume total de escritórios locados menos os devolvidos, ficou positiva pelo sexto trimestre consecutivo, com quase 3 mil m² de saldo positivo. Os dois indicadores, junto com a absorção bruta (volume total de área locada), que foi de 54.841 m², contribuíram para a redução da quantidade de escritórios vazios na cidade.
“Durante a pandemia, a taxa de escritórios vagos escalou de 15,4%, que era observada no 1T20 e chegou a 25% no terceiro trimestre de 2021. A partir do 4T21, com a campanha de vacinação e consequentemente a diminuição de contaminação da Covid-19, além do retorno gradual no trabalho presencial, a taxa de vacância voltou a cair, com a acomodação do volume de espaços devolvidos pelas empresas inquilinas de escritórios corporativos”, explica Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA.
O preço médio pedido por metro quadrado vem aumentando ligeiramente, e ficou em R$ 92/m², em movimento de recuperação da queda observada no 2T22, quando o valor médio praticado chegou a ficar em R$ 86,60/m².
Entre as empresas que mais locaram área corporativa no trimestre, está a multinacional holandesa Rabobank, que absorveu 3.654 m² na região da Chucri Zaidan, na zona sul de São Paulo.
“A pandemia, sem dúvida, provocou grandes mudanças no setor e quebrou paradigmas, com a implementação massiva do trabalho híbrido no auge da crise. Aos poucos, a retomada aconteceu e os números mostram a resiliência do ativo de alto padrão, afastando a tese de que os escritórios iriam acabar.”, completa Nicastro.