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    Clube FII lança guia gratuito FI-Infra

    Os FI-Infras, FIP-IEs e FIDC-Infras são veículos com isenção fiscal para pessoa física, mas com estruturas e mandatos distintos. Conheça tudo sobre essa modalidade.

    Por ClubeFII
    sexta-feira, 11 de julho de 2025 Atualizado ontem

    Pilar essencial do desenvolvimento econômico, com as oportunidades no setor de infraestrutura, incluindo em segmentos como energia, transportes, saneamento básico e telecomunicações, o novo Guia de Fundos de Infraestrutura do Clube FII apresenta uma análise comparativa das estratégias de gestão que diferenciam os fundos deste mercado, revelando como o valor é gerado aos cotistas para além do carrego das debêntures.

     

    Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infras), os Fundos de Investimento em Participações em Infraestrutura (FIP-IEs) e os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios de Infraestrutura (FIDC-Infras) são veículos com isenção fiscal para pessoa física, mas com estruturas e mandatos distintos, como aponta a tabela abaixo:

     

    Critérios FI-Infra FIP-IE FIDC-Infra
    Tipo de Investidor Qualificado ou Geral Apenas qualificado Qualificado ou Geral
    Limites de exposição por ativo 20% (Investidores em Geral), 40% (Investidores Qualificados) e sem Limites (Investidores Profissionais) Não há limites estabelecidos Não há limites estabelecidos
    Alocação mínima em ativos de Infraestrutura 85% do patrimônio líquido 90% do patrimônio líquido 85% do patrimônio líquido
    Ativos Alvo Debêntures , CRI e FDIC fechados relacionados à captação de recursos para projetos de infraestrutura Títulos de renda fixa ligados à infraestrutura e/ou participações em empresas de infraestrutura Debêntures , CRI e FDIC fechados relacionados à captação de recursos para projetos de infraestrutura
    Taxa de Performance Pode haver em fundos para investidores qualificados Pode haver Pode haver

     

    "Cada modelo tem suas próprias regras sobre os tipos de ativos que pode comprar e os limites de alocação. Além disso, enquanto os FI-Infra podem ser para o público geral, os FIP-IE e FDIC-Infra são restritos a investidores qualificados", ressalta a equipe de Research do Clube FII.

     

    Exemplos de fundos voltados à infraestrutura

     

    O BTG Pactual Dívida (BDIF11), um FI-Infra com R$ 1,5 bilhão de patrimônio, exemplifica a estratégia de escala. Sua carteira diversificada em 40-50 ativos é dividida entre 90% de ativos high grade para segurança e uma parcela de até 10% em high yield para potencializar retornos, buscando superar o benchmark IMA-B.

     

    Enquanto isso, o Bocaina Infra (BODB11), gerido pela Bocaina, foca na originação própria de operações de middle-market. A estratégia é investir diretamente em projetos via Project Finance, com garantias robustas como cessão fiduciária de recebíveis, visando um retorno previsível e superior ao de debêntures de grandes corporações, com carrego aproximado de IPCA + 10%.

     

    "A capacidade de originar e estruturar as próprias operações faz com que o fundo consiga entregar um retorno superior, adicionando um prêmio ao carrego da carteira", detalha o documento.

     

    O Nu Infra (NUIF11), da Nu Asset Management, destaca-se pela gestão ativa da carteira. Além do carrego de IPCA + 8%, a gestão ajusta a duration ativamente e realiza de uma a duas operações de compra e venda por mês para capturar ganhos táticos, com o objetivo de entregar uma performance de IMA-B + 0,5% a 1,0% ao ano.

     

    Já o AZ Quest Infra-Yield II (AZIN11), um FIP-IE para investidores qualificados, possui um mandato mais amplo, permitindo alocação em dívida e equity. A gestão busca gerar retorno acima do mercado através de concentração estratégica, investindo em dívidas privadas de alto spread e utilizando estruturas contratuais como "kickers", que funcionam como um compartilhamento de ganhos em eventos de liquidez extraordinária.

     

    "A combinação dessas estratégias faz com que o AZIN11 consiga entregar uma performance acima do seu benchmark (CDI), chegando a acumular um retorno de 192% do CDI desde o seu início", ressalta o relatório.

     

    A implicação técnica para o investidor é que a escolha de um fundo de infraestrutura deve ser baseada na compreensão profunda de sua estratégia: a defensividade da escala (BDIF11), a previsibilidade da originação especializada (BODB11), o potencial da gestão ativa (NUIF11) ou  uma estratégia mais robusta, que combina dívida e equity, como a de um FIP-IE (AZIN11).

     

    Você pode efetuar o download gratuitamente do Guia clicando aqui


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