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    Emissão de CRAs registra queda de 7,35%, a primeira desde 2021

    Felipe Ribeiro diz que “o fim do ano é marcado por um aumento nas emissões, mas, dada a conjuntura atual, não observamos o rali esperado para novembro, e dezembro também se mostra desafiador

    Por Neide Martingo
    quarta-feira, 11 de dezembro de 2024 Atualizado 4 dias atrás

    As emissões dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) registraram queda de 7,35% entre janeiro e novembro em comparação a igual período de 2023. O levantamento é da plataforma CR Data, sistema do Clube FII. Trata-se do primeiro recuo desde 2021. Em 2022 houve um total de R$ 38,5 bilhões emitidos em CRAs e, em 2023, R$ 45,6 bilhões.

     

    Emissão de CRAs registra queda de 7,35%, a primeira desde 2021

    Para Felipe Ribeiro, sócio-diretor de investimentos alternativos do Clube FII, o setor do agronegócio enfrenta um momento desafiador, refletindo diretamente nas emissões ativo. “As restrições de lastro estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e os recentes eventos de crédito, como pedidos de recuperação judicial no setor, criaram um cenário de maior dificuldade para captação, especialmente para os Fiagros, principais compradores desses papéis”, diz Ribeiro.

     

    Ao jornal Valor Econômico ele afirma que "com os recentes eventos de crédito e pedidos de recuperação judicial do agronegócio, os Fiagros, principais compradores desses papéis, estão com dificuldade de captar. Normalmente, o fim do ano é marcado por um aumento nas emissões, mas, dada a conjuntura atual, não observamos o rali esperado para novembro, e dezembro também se mostra desafiador”.

     

    Segundo Ribeiro, mesmo em meio às dificuldades do setor de CRAs, “vemos um movimento diferente em outros tipos de recebíveis, como os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Os CRIs encontraram caminho para novas emissões, mas os CRAs foram impactados pelas mudanças climáticas e por eventos de crédito com as RJs. Além disso, a maior parte do volume de CRAs emitidos no ano passado se enquadrava na restrição do CMN. Tudo isso está fazendo esses papéis sofrerem mais”.

     

     


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