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    Lajes Corporativas

    RCRB11 entra com ação de despejo contra a WeWork por falta de pagamento

    Empresa de coworking deve aluguéis de maio, junho e julho; FII do qual o imóvel faz parte tem 35 mil cotistas e o locatário representa menos de 10% do fundo.

    Por Neide Martingo
    quinta-feira, 22 de agosto de 2024 Atualizado

    Como todo investimento, os FIIs têm também seus riscos. Os ativos oferecem dividendos mensais e isenção do Imposto de Renda nesta distribuição, o que proporciona a construção de um bom portfólio, capaz de gerar renda complementar.

     

    Mas as peculiaridades precisam estar no radar de qualquer investidor. Um exemplo é a inadimplência. A falta de pagamento fez com que a Rio Bravo Investimentos entrasse com uma ação de despejo contra a WeWork, que atua na América Latina e no Brasil em uma joint venture com o SoftBank. É o primeiro FII a entrar com uma ação na justiça contra a empresa.

     

    RCRB11 entra com ação de despejo contra a WeWork por falta de pagamento

     

    Após três meses seguidos de inadimplência (maio, junho e julho) em um imóvel que fica na Vila Madalena, na capital paulista, o Girassol 555, a WeWork recebeu o pedido de despejo. O FII do qual o imóvel faz parte tem 35 mil cotistas. O locatário representa menos de 10% do FII.

     

    A informação, inclusive, foi comunicada por meio de fato relevante pela gestora do FII Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11).

     

    A WeWork, porém, continua a honrar os valores de condomínio e IPTU. Resposta da WeWork: "Desconhecemos qualquer notificação de despejo. A empresa segue operando em sua totalidade em todos os prédios no Brasil. Nossas ações temporárias têm o objetivo de acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado. Nossos membros continuam sendo nossa principal prioridade e a negociação em andamento não altera nosso compromisso de prestar o excelente serviço que eles esperam".

     

    A sócia-diretora da Rio Bravo, Anita Scal, afirma que a prioridade é defender o cotista. “Para isso nosso time age rápido e de forma contundente quando ocorre qualquer problema que possa impactar os nossos FIIs", explica a executiva.

     

    “Desde o primeiro atraso a situação foi acompanhada de perto pela gestora, que enviou diversas notificações à locatária, em conjunto com os demais proprietários do imóvel. As negociações com a Alvarez & Marsal, representante da WeWork, não resultaram em um acordo satisfatório para os cotistas”, diz, acrescentando que a proposta da empresa incluía, entre outros pontos, a redução dos valores de aluguel, o que foi imediatamente rejeitado pela Rio Bravo.

     

    “Após o término do período de cura previsto no contrato, encerrado em 20 de agosto de 2024, os proprietários decidiram tomar medidas legais. Contratamos um assessor legal de primeira linha para defender os direitos dos proprietários, incluindo o ajuizamento de duas ações judiciais, uma para a cobrança dos aluguéis em atraso e outra de despejo por falta de pagamento, com um pedido liminar para a desocupação do imóvel”, afirma.

     

    A Rio Bravo acredita que o imóvel tem alta liquidez, já está localizado em uma das áreas mais valorizadas de São Paulo e tem como inquilinos grandes empresas de tecnologia, que querem estar na região. A ocupação atual do imóvel é de cerca de 80%.


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