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    Juros subiram novamente. FIIs vão ser afetados?

    Se a taxa Selic tiver chegado ao seu pico, com fim do ciclo de alta, Fundos Imobiliários (FIIs) podem ser favorecidos

    Por Jessica Melo
    quinta-feira, 8 de maio de 2025 Atualizado 38 mins atrás

    Conforme esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) em 0,5 ponto percentual, passando de 14,25% para 14,75%. Com isso, o ciclo de aperto pode ter chegado ao fim – ou pelo menos estaria próximo disso.

     

    Juros subiram novamente. FIIs vão ser afetados?

     

    Se a taxa terminal já tiver sido atingida, ainda que os juros continuem altos por mais tempo para frear as pressões inflacionárias, a perspectiva seria menos conturbada para os ativos de risco, possivelmente favorecendo os fundos imobiliários, segundo especialistas.

     

    Altas acabaram? O que indica o comunicado do Copom

     

    No Boletim Focus divulgado nesta semana pelo Banco Central, economistas de mercado revisaram a projeção para Selic ao final do ano, passando de 15% para 14,75% - patamar que já foi atingido nesta quarta.

     

    Neste contexto, o comunicado do colegiado trouxe algumas surpresas, na visão de José Alfaix, economista da Rio Bravo Investimentos. “O tom adotado foi bem mais neutro que nas últimas comunicações, mas com poucas sinalizações a respeito do próximo passo. O BC optou por não dar um guidance, dada a vantagem de ter mais flexibilidade frente à incerteza do cenário externo”.

     

    Entre os pontos destacados pelo colegiado no balanço de riscos, estariam uma possível diminuição nos preços das commodities e eventual desaceleração na atividade econômica doméstica e internacional, sendo estes riscos de baixa. Ainda que a desancoragem das expectativas tenha sido mencionada como risco altista, assim como a resiliência da inflação de serviços, Alfaix considera que algumas podem ser consideradas como  dovish, trazendo a perspectiva de interrupção iminente do ciclo de aperto monetário.

     

    “Sob esse cenário, a perspectiva de que esses fatores possam auxiliar no processo desinflacionário se materializaram em um comunicado mais neutro que o esperado, com muitos agentes já enxergando o aumento de hoje como o fim do ciclo”, completa o especialista da Rio Bravo.

     

    Eliane Teixeira, economista da Cy Capital, entende da mesma forma, reforçando os sinais de que o ciclo de alta da Selic pode ter chegado ao fim.

     

    “Ao indicar que o balanço de riscos para a inflação está mais equilibrado — e não mais assimétrico para cima — o comitê sugere que, salvo novas surpresas, não há necessidade de novos aumentos na taxa de juros. O texto também destaca que o ciclo de aperto monetário está em estágio avançado, com efeitos acumulados ainda por se materializar”, acrescenta Teixeira. 

     

    Na percepção da economista, o documento demonstra que o atual nível da Selic seria suficientemente restritivo para levar a inflação de volta à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

     

    Como a decisão - e possível fim do ciclo - impacta os Fundos Imobiliários?

     

    Com as decisões da Super Quarta confirmando as expectativas dos agentes de mercado, os ativos de risco são afetados de forma distintas, incluindo os fundos imobiliários. Não são somente as taxas anunciadas pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) e pelo Banco Central brasileiro que influenciam nos investimentos, mas também as expectativas de como elas vão se comportar no futuro.

     

    No cenário local, Teixeira enxerga espaço para algum alívio nas taxas de juros futuras, que vinham precificando um cenário mais adverso.  “Como essas taxas influenciam diretamente o valor das cotas negociadas no mercado, o movimento abre caminho para uma continuidade na recuperação dos FIIs, ainda descontados em relação aos seus valores patrimoniais. O ambiente segue desafiador, mas o tom do Copom ajuda a consolidar uma perspectiva mais construtiva para os fundos imobiliários”, entende a economista.

     

    A visão é compartilhada por Lana Santos, analista do Clube FII. “Se um cenário mais desinflacionário à frente se confirmar, poderemos ter um alívio nas taxas longas de juros, impactando diretamente o preço dos FIIs no mercado, especialmente os fundos de tijolo. Com um cenário menos estressado à frente, poderemos visualizar o fechamento do gap de desconto dos fundos, e a retomada das emissões de cotas, que há meses não tem ocorrido para o investidor em geral devido ao mercado de baixa”.

     

    No entanto, diferentes classes de ativos respondem de forma distinta, como é o caso dos fundos que investem em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), títulos de renda fixa que representam o direito de crédito de um investidor sobre um imóvel.

     

    “Já os FIIs de CRI, que mantêm um patamar elevado de rendimentos, devem ter uma queda nas distribuições quando começar o ciclo de cortes de juros”, pondera.

     

    Neste contexto, como investir? A analista entende que o  cenário atual requer cautela dos investidores e demanda acompanhamento dos mercados e das próximas decisões sobre as taxas de juros, mas ainda há boas oportunidades de FIIs para serem aproveitadas, com descontos que, em breve, podem deixar de existir.

     

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