PIB cresce 1,2% no 2º trimestre
Produto Interno Bruto brasileiro avança e revela aquecimento do setor imobiliário. Veja a análise de Arthur Vieira de Moraes
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre do ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2022 totalizou R$ 2,4 trilhões.
No acumulado de quatro trimestres encerrados em junho, o PIB cresceu 2,6%, na comparação com o mesmo período anterior.
Em 2022, o PIB acumula alta de 2,5%, de acordo com o IBGE.
O maior crescimento foi do setor da Indústria com 2,2%, seguido por Serviços, com avanço de 1,3%, e pela Agropecuária, com aumento de 0,5%.
Na indústria, o crescimento foi consequência de bons desempenhos nos segmentos de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, construção, indústrias extrativas e indústrias de transformação.
Já nos serviços, os destaques foram transporte, armazenagem e correio, informação e comunicação, comércio, atividades financeiras, seguros e serviços relacionados, além de atividades imobiliárias.
Houve queda em administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social.
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 3,2% no segundo trimestre de 2022.
Entre os setores de destaque, o de Construção apresentou alta de 9,9% com o aumento do número de pessoas ocupadas no segmento.
De acordo com o professor de Finanças Arthur Vieira de Moraes, diretor de Educação e Comunicação do Clube FII, o crescimento do PIB revela também o aquecimento do mercado imobiliário por causa da expansão dos negócios das empresas que aumentam investimentos e abrem novas filiais.
“Essa expansão pode ser entendida de forma literal por empresas que expandem negócios, contratam mais pessoas e precisam de mais espaços: mais escritórios, mais lojas, mais galpões de logística, entre outros tipos de imóveis. O crescimento do PIB é fundamental para manter o ritmo da demanda por imóveis comerciais”.
Ainda segundo o especialista, o avanço do PIB é um bom indicador não só para os Fundos Imobiliários de tijolos – com imóveis em carteira - mas também para os FIIs de papel – com ativos de crédito no portfólio, a exemplo dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
“No dia a dia das pessoas, o efeito é mais emprego, mais renda e mais confiança para consumir. Isso é importante para os FIIs de recebíveis, especialmente os que investem em CRIs pulverizados, pois demonstra que as pessoas devem continuar tendo boas condições de pagar seus financiamentos imobiliários”, conclui.