Setor financeiro permanece como líder na ocupação de escritórios A+ em São Paulo
Empresas com atuação em finanças mantêm suas operações em imóveis icônicos como o complexo JK, B32 e São Paulo Corporate Tower

Em 2024, o mercado imobiliário corporativo de São Paulo somou mais de 640 mil m² de absorção bruta, resultado de diferentes empresas que buscaram espaços de escritório nas regiões dos CBDs da cidade para instalar suas operações. Com uma taxa de vacância de 19,16% para escritórios A+, A e B, a capital paulista fechou o ano reafirmando sua posição como o principal centro financeiro do país, com empresas do setor mantendo a liderança como as principais ocupantes de escritórios da cidade.

Além do mercado em geral, as instituições deste segmento também se destacam como as maiores tomadoras de área em empreendimentos de altíssimo padrão, os quais são classificados como classe A+.
Um estudo inédito da SiiLA, obtido com exclusividade pela equipe do REsource, revela que, ao fim de 2024, o setor financeiro ocupava aproximadamente 453.689 m² de escritórios de classe A+ nas regiões CBDs de São Paulo.
Ainda conforme o estudo, o setor de tecnologia mantém a segunda posição entre as empresas que mais ocupam imóveis de altíssimo padrão, embora sua ocupação seja menos da metade da registrada pelo setor financeiro. O segmento encerrou o ano com 214.110 m² de escritórios classe A+ ocupados.
Quem está locando os espaços de alto padrão?
Market Analytics/SiiLA
Entre as empresas do setor financeiro que mais absorveram áreas em empreendimentos A+ em 2024, está o Banco Master, que no início do ano passado locou 100% do Auri Plaza Faria Lima, somando 14 mil m² ocupados em um imóvel de classe A+. A instituição também firmou contrato de locação para ocupar mais de 7 mil m² no Birmann 32, famoso prédio na Faria Lima, conhecido pela escultura da baleia.
Outra movimentação importante no setor financeiro foi realizada pela XP, que, antes de anunciar a locação no Luna, já havia expandido sua área no São Paulo Corporate Tower no começo de 2024.
Apesar dessas expansões, o Santander segue como líder na ocupação de empreendimentos de altíssimo padrão em São Paulo, com 79 mil m² ocupados - dos quais 74 mil m² estão concentrados no complexo JK.
Outros segmentos também buscam ocupações de altíssimo padrão.
Para que um empreendimento seja classificado como A+, ele deve atender a uma série de exigências técnicas que garantem eficiência e conforto aos inquilinos. Entre esses requisitos estão lajes com no mínimo 1.200 m² de área, piso elevado, pé-direito livre de no mínimo 2,70 m, gerador para a área privativa, certificado de sustentabilidade, entre outros, de acordo com a classificação da SiiLA. Muitas empresas investem nesse tipo de ativo para otimizar a produtividade de suas operações.
Um exemplo disso é a mudança da Accenture, multinacional do segmento de consultoria, que deixou o edifício Alexandre Dumas (classe A) para ocupar o edifício Torre Paineira, no Parque da Cidade, um imóvel classe A+ localizado na região da Chucri Zaidan. Fontes do mercado indicam que a estratégia da empresa é oferecer maior flexibilidade e atratividade aos colaboradores, incluindo espaços adaptados para que os funcionários levem os filhos, como um ambiente dedicado para crianças.
O Parque da Cidade é um complexo multiuso com torres corporativas que foram entregues entre 2015 e 2021.